Sampa é uma das
maiores, se não a maior, cidade libanesa do mundo. Haveria aqui mais
libaneses que em Beirute. Boa parte da política libanesa é decidida
e financiada daqui, isto é fato.
Há algum tempo atrás
fui com um amigo, filho de libaneses, a uma grande festa libanesa. A
casa estava lotada. Tout le monde libanês da cidade estava lá. Dentro da casa mesas fartíssimas com o melhor da culinária libanesa. Na frente da casa, em plena calçada, havia uma
plataforma, uma espécie de palco ladeado por tochas flamejantes, com
um casal dançando a dança do ventre.
A dança do ventre além
de extremamente sensual, erótica, é íntima. Deve ser dançada pela
mulher para seu homem na intimidade, no máximo em um harém ou em
ambientes fechados. Mas lá estava a dançarina, belíssima por
sinal, linda, dançando numa plataforma na calçada de uma avenida
paulista.
Ela dançava da forma mais sedutora que um homem possa imaginar. Um pecado.
Ela dançava da forma mais sedutora que um homem possa imaginar. Um pecado.
Depois eu soube que
ela, apesar de paulista, é reconhecida como uma das maiores dançarinas
de dança do ventre do planeta. E lá estava ela a
dançar publicamente numa simplória calçada de Sampa. Quem passava
pela avenida e via, olhava com displicência como se aquilo fosse a
coisa mais normal, mais natural do mundo.
Definitivamente Sampa
não é para amadores, muito menos para corações fracos.