Depois de se isolar e ser o único país da UE a se recusar a participar das decisões da ultima reunião de cúpula da Comunidade que tratou da crise, a Grã Bretanha reaparece nas manchetes.
Ela estaria se preparando para retirar os cidadãos britânicos de Portugal e da Espanha em caso de colapso dos bancos da região. Uma operação de resgate para retirar mais de um milhão de residentes britânicos com aviões, barcos, ônibus e carros.
A notícia vazou de uma fonte não idenficada do Foreign Office, o ministério das relações exteriores e foi manchete hoje, 19.12.11, no Daily Telegraph.
O Sunday Times deu a mesma notícia.
Oficialmente o Foreign Office admitiu ter planos de contigência para situações de motins e agitação social nos países da zona do Euro na sequência de um colapso financeiro dos bancos e da moeda.
Notícia, vazamento, confirmação.
Trata-se do mais puro terrorismo político. Táticas de contra-inteligência usadas largamente no terceiro-mundo para desestabilizar regimes.
Uma irresponsabilidade criminosa capaz de precipitar uma corrida aos bancos com o conseqüente efeito dominó que poderia levar a um crash bancário em Portugal e na Espanha e a uma crise destrutiva para o Euro.
Um ato requintado vindo do país que a diplomacia internacional conhece como Perfidious Albion.
A Pérfida Albion.
Registros da frase remontam ao longínquo século treze. Oitocentos anos atrás.
No século dezessete foi usada pelo teólogo francês Jacques-Bénigne Bossuet. L'Angleterre, ah, la perfide Angleterre. Ele se referia ao fato de que protegida por seus mares era infiel à fé recebida.
O uso atual da frase é atribuído a um poema de Augustin de 1793 sobre a traição inglesa ao Tratado de Limerick de 1691 que encerrou uma guerra religiosa.
O tratado consentia liberdade de culto, de propriedade e porte de arma, mas os termos foram repudiados pelas Leis Penais de 1695.
O curriculum histórico é grande e inclui a captura, sem declaração de guerra, de centenas de navios franceses em 1755, fazendo milhares de prisioneiros durante a Guerra dos Sete Anos entre a França e a Áustria.
O ataque de surpresa de Nelson contra a frota dinamarquesa em Abril de 1801.
A interferência da marinha britânica, apesar da declaração de neutralidade, na Guerra Russo-Turca de 1877-1878 para evitar a queda de Istambul para os russos.
Há muito, muito mais.
A frase Pérfida Albion é um lugar comum na diplomacia mundial.
Ela foi usada publicamente pelo vice-presidente americano Dick Cheney reagindo à reunião de Novembro de 2008 do ministro do exterior britânico David Miliband com o presidente sírio Bashar al-Assad.
Os portugueses têm um fascínio doentio pelos ingleses.
Ainda em 1990 a elite portuguesa, ia ao dentista e até ao cabeleireiro em Londres.
Eles entregaram aos ingleses e por nada, no máximo um casamentosinho, a Índia, o chá, o ouro do Brasil e o vinho do Porto.
D. João VI e sua corte, fugindo de Napoleão, deixou o próprio país nas mãos do ingleses e do futuro duque de Wellington. É dessa época a frase Tudo como Dantes no Quartel de Abrantes.
A própria independência do Brasil foi comprada quando D. Pedro I assumiu uma imensa e mal explicada dívida portuguesa com bancos ingleses.
Há mais, muito mais nessa relação anglo-lusa.
Mas agora a Pérfida Albion talvez tenha ido longe demais manipulando e “vazando” uma noticia como essa para a imprensa.
Se não houver equilíbrio uma corrida aos bancos será fatal para a já combalida terrinha de Camões.
Ela estaria se preparando para retirar os cidadãos britânicos de Portugal e da Espanha em caso de colapso dos bancos da região. Uma operação de resgate para retirar mais de um milhão de residentes britânicos com aviões, barcos, ônibus e carros.
A notícia vazou de uma fonte não idenficada do Foreign Office, o ministério das relações exteriores e foi manchete hoje, 19.12.11, no Daily Telegraph.
O Sunday Times deu a mesma notícia.
Oficialmente o Foreign Office admitiu ter planos de contigência para situações de motins e agitação social nos países da zona do Euro na sequência de um colapso financeiro dos bancos e da moeda.
Notícia, vazamento, confirmação.
Trata-se do mais puro terrorismo político. Táticas de contra-inteligência usadas largamente no terceiro-mundo para desestabilizar regimes.
Uma irresponsabilidade criminosa capaz de precipitar uma corrida aos bancos com o conseqüente efeito dominó que poderia levar a um crash bancário em Portugal e na Espanha e a uma crise destrutiva para o Euro.
Um ato requintado vindo do país que a diplomacia internacional conhece como Perfidious Albion.
A Pérfida Albion.
Registros da frase remontam ao longínquo século treze. Oitocentos anos atrás.
No século dezessete foi usada pelo teólogo francês Jacques-Bénigne Bossuet. L'Angleterre, ah, la perfide Angleterre. Ele se referia ao fato de que protegida por seus mares era infiel à fé recebida.
O uso atual da frase é atribuído a um poema de Augustin de 1793 sobre a traição inglesa ao Tratado de Limerick de 1691 que encerrou uma guerra religiosa.
O tratado consentia liberdade de culto, de propriedade e porte de arma, mas os termos foram repudiados pelas Leis Penais de 1695.
O curriculum histórico é grande e inclui a captura, sem declaração de guerra, de centenas de navios franceses em 1755, fazendo milhares de prisioneiros durante a Guerra dos Sete Anos entre a França e a Áustria.
O ataque de surpresa de Nelson contra a frota dinamarquesa em Abril de 1801.
A interferência da marinha britânica, apesar da declaração de neutralidade, na Guerra Russo-Turca de 1877-1878 para evitar a queda de Istambul para os russos.
Há muito, muito mais.
A frase Pérfida Albion é um lugar comum na diplomacia mundial.
Ela foi usada publicamente pelo vice-presidente americano Dick Cheney reagindo à reunião de Novembro de 2008 do ministro do exterior britânico David Miliband com o presidente sírio Bashar al-Assad.
Os portugueses têm um fascínio doentio pelos ingleses.
Ainda em 1990 a elite portuguesa, ia ao dentista e até ao cabeleireiro em Londres.
Eles entregaram aos ingleses e por nada, no máximo um casamentosinho, a Índia, o chá, o ouro do Brasil e o vinho do Porto.
D. João VI e sua corte, fugindo de Napoleão, deixou o próprio país nas mãos do ingleses e do futuro duque de Wellington. É dessa época a frase Tudo como Dantes no Quartel de Abrantes.
A própria independência do Brasil foi comprada quando D. Pedro I assumiu uma imensa e mal explicada dívida portuguesa com bancos ingleses.
Há mais, muito mais nessa relação anglo-lusa.
Mas agora a Pérfida Albion talvez tenha ido longe demais manipulando e “vazando” uma noticia como essa para a imprensa.
Se não houver equilíbrio uma corrida aos bancos será fatal para a já combalida terrinha de Camões.