As músicas de Carnaval, e a maioria da atual musical popular brasileira estão repletas de apelação sexual e vulgaridade. Especialmente na Bahia a enxurrada de apelações é tsunâmica. Já existem até projetos de lei tentando regulamentar a baixaria cada dia mais explícita.
Uma mesmice irritante.
Quousque tamdem abutere patientia nostra?
Não existe cidade mais emblemática do desenvolvimento das artes e do bom gosto no Renascimento que Firenze.
Em Florença se produziram a mais sofisticada arte, etiqueta, culinária e moda. E certamente não existe um clan que melhor represente tudo isso que os Médicis.
Maiores banqueiros e industriais europeus da época, os Médicis marcaram a história da Italia, da Europa e do Renascimento. Políticos, clérigos, militares, nobres, grandes mecenas das artes e da arquitetura, da família saíram grandes estadistas e quatro papas.
Lorenzo di Médicis foi um dos membros mais destacados desta família de ilustres e governou Florença por anos durante a Idade de Ouro da Renascença.
Lorenzo, o Magnífico também era um músico inspirado e compôs esta delicada "Canção dos Camponeses" para o carnaval de Florença de 1474.
Temos pepinos e bem grandes
Embora quando se olha para eles
Pareçam esquisitos e manchados
Mas eles abrem portas fechadas
Devem ser colhidos com as duas mãos
Descascados na cabeça
E chupados com a boca bem aberta
E em breve não haveis de querer parar
Ao alegre refrão "Cetrioli abbiamo e grossi" o povo respondia eufórico "Apri ben la bocca e succia, chi s’avvezza, e’ non fa male”.
Ao alegre refrão "Cetrioli abbiamo e grossi" o povo respondia eufórico "Apri ben la bocca e succia, chi s’avvezza, e’ non fa male”.
Para outras criações os Médicis preferiam contar com Maquiavel, Donatello e Michelangelo. Um trio, convenhamos, bem menos elétrico.
Mas que o povão preferia Il Magnifico, isso preferia.
Ó tempora, ó mores, aqui não se aplica.
Mas que o povão preferia Il Magnifico, isso preferia.
Ó tempora, ó mores, aqui não se aplica.