Terremotos Pessoais e o Marquês de Alorna

O Terremoto de Lisboa em 1775 destruiu o porto da cidade, 85% das casas e construções e bloqueou de destroços dois terços de todas as ruas.  Imediatamente depois seguiu-se um maremoto. 

Em seguida ao maremoto dois tsunamis imensos arrasaram o que sobrou do porto, afundou e arrastou navios e construções Lisboa adentro. A imensa massa de água invadiu a cidade e cobriu parte de suas colinas. Depois que as águas baixaram começou um incêndio que durou seis dias. Ao final do incêndio a Peste devastou a população.

Depois de tamanho apocalipse o rei D. José I perguntou ao Marquês de Alorna o que se devia fazer. 
- Sepultar os mortos, cuidar dos vivos, fechar os portos.
Simples assim.
Sepultar os mortos pois não adianta ficar reclamando e chorando o passado.
Cuidar dos vivos, do que sobrou, cuidar do presente. 
Fechar os portos, não deixar portas abertas a novos problemas.

O Marquês de Pombal entendeu, aproveitou a grande oportunidade e reconstruiu Lisboa com avenidas largas, passeios calçados, saneamento básico e planejamento urbano. Na época Lisboa se tornou a mais moderna cidade européia.
Dá pra fazer o mesmo com nossos terremotos pessoais.