Dia das Vadias


dia 25 de Maio deve se consolidar no Brasil como o Dia das Vadias. Várias Marchas das Vadias estão acontecendo pelo país contra a violência sexual contra as mulheres.

A primeira SlutWalk aconteceu em Toronto em Abril de 2011 como protesto, em meio a uma onda de estupros, ao comentário de um policial canadense: Se a mulher não se vestir como uma vadia reduz-se o risco de sofrer um estupro.
Depois da primeira marcha no Canadá elas pipocaram pelo mundo contra a cultura do estupro, pela liberdade de comportamento e de se vestir. Por aqui a primeira marcha das vadias aconteceu em São Paulo dois meses depois de Toronto.

Por aqui as marchas já se espalharam por mais de vinte cidades, mais focadas na violência em geral contra as mulheres. O Nordeste é campeão brasileiro no assunto sendo que um de seus estados bate, desta vez indesejados, recordes mundiais. Apesar de um grande dramaturgo local achar que toda mulher gosta de apanhar foi lá que se criou uma técnica criativa e eficiente.
Uma Ong distribuiu apitos entres as mulheres de um bairro. Quando uma delas sofre violência toca o apito, as vizinhas ouvem e tocam os seus. Rapidamente a comunidade, e a policia, está ouvindo o barulho estridente dos apitos que acabam por constranger e apontar o agressor.
As marchas alertam para outro aspecto sério do problema, este ano o tema na Avenida Paulista foi Quebre o Silêncio.

Não seja boba desperte a vadia que existe em você. Não seja bobo estimule a sua.
Pena que as marchas das vadias estejam tornado tão pública uma palavra carinhosa que deve ser reservada para a intimidade, no diminutivo, acompanhada do pronome possessivo. Nos casos mais intensos adjetivada pela poetiza grega de Mitilene ou pelas qualidades de Brillat-Savarin.
Nestes momentos deve-se seguir o conselho da Danuza Leão sempre ótima em etiqueta,
- Apanhar? Só a pedidos.