Todo esse buzz em torno do futuro Aero-Dilma tem a ver com um dos símbolos mais visíveis de poder de um país. Todos os aviões presidenciais têm características de segurança e luxo inimagináveis para quem enfrenta filas intermináveis de check-in pagando low-fares.
O Aero-Dilma deverá ser semelhante ao Air Force One dos EUA, militarmente menos sofisticado é claro. O AF1 é um dos lugares mais seguros para se estar na face da terra. No 11 de Setembro o presidente Bush embarcou nele, passou o dia inteiro voando, só pousou para fazer uma breve declaração ao país e decolou novamente.
O presidente podia ordenar ataques militares, comunicar-se com o alto comando de guerra dos Estados Unidos, falar com um comandante de submarino, de um porta-aviões ou autorizar um bombardeio nuclear de dentro do avião. Que na verdade são dois, voando sempre juntos para o caso de uma emergência.
Além de extremamente seguros estes super jatos são naturalmente muito luxuosos, mas em matéria de luxo desvairado naturalmente nada se compara aos jatos dos potentados árabes.
O sultão do Brunei tem uma frota: um Boeing 747, um Boeing 767, um Airbus A-340 e três Gulfstream todos com suítes e detalhes em ouro.
Outro coleguinha das mil e uma noites viaja em dois Boeing 747 seguidos por caças da força aérea. Ele viaja no primeiro. No segundo seguem seus automóveis, seus serviçais e parte de seu harém.
No jato real do Marrocos o estoque de champgne era imenso. O falecido rei Hassan II adorava o espumante e contornava o preceito islâmico de não poder beber alcool com uma corretíssima pérola de raciocínio. Ele dizia que por ser descendente direto do Profeta quando o champagne tocava seus santos lábios reais se transformava em água.
Em matéria de segurança pessoal nada se compara aos cuidados de um outro humilde fiel do Profeta.
Em seu Boeing 747 viaja uma equipe multidisciplinar de médicos, cirurgiões e uma UTI completa com os mais modernos equipamentos imagináveis. Mas o aspecto médico mais espetacular não é um equipamento mecânico é um recurso biológico.
Junto com a equipe médica viaja um doador vivo, geneticamente compatível e pronto para a qualquer momento doar qualquer órgão necessário ao seu querido patrão.
Um súdito leal, com certeza. O fiday absoluto.
Um súdito leal, com certeza. O fiday absoluto.