Em frente a meu prédio há um outro que está em reforma trocando todo o revestimento externo. A obra está em fase final. Os operários depois de cimentar novas placas cerâmicas estão agora retirando delas suas pequenas coberturas de papel.
Dos andaimes eles retiram uma a uma estas coberturas e as soltam ao vento. As folhas de papel marrom voam em direção a outros prédios, a telhados de casas ou caem na rua.
Conheço de perto o sistema de limpeza de uma cidade brasileira.
Lá a prefeitura paga cerca de onze varrições diárias no centro da cidade. Eu disse onze, não são duas nem três, são onze, praticamente uma a cada duas horas, ou se você considerar o período mais intenso é cerca de uma varrição por hora. E a cidade continua suja do mesmo jeito.
A conta chamou a atenção dos administradores da prefeitura que desconfiaram de sobre-faturamento da prestadora do serviço. Foram verificar in loco e era verdade.
Enquanto os garis iam varrendo as ruas, imediatamente a população ia sujando novamente jogando os mais diversos objetos no chão.
Também é comum você ver objetos, papéis e detritos sendo atirados das janelas dos ônibus e dos automóveis. Durante o período de chuvas os alagamentos nas ruas são comuns em conseqüência do entupimento por detritos das galeria pluviais. O prejuízo é imenso pelo que se gasta para limpar, pelo que se perde em reciclagem.
Também é comum você ver objetos, papéis e detritos sendo atirados das janelas dos ônibus e dos automóveis. Durante o período de chuvas os alagamentos nas ruas são comuns em conseqüência do entupimento por detritos das galeria pluviais. O prejuízo é imenso pelo que se gasta para limpar, pelo que se perde em reciclagem.
A conclusão não pode ser outra. As cidades brasileiras são sujas por que o povo é porco. Independente da classe social.