Há mais de um ano a revista científica Nature publicou em 04.01.12 um instigante trabalho de pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Moti Fridman e equipe criaram um buraco no tempo que torna qualquer objeto invisível e indetectável por aparelhos.
Este tipo de trabalho já está sendo desenvolvido em vários laboratórios há vários anos pelo mundo afora. No inicio de 2010, depois de cinco anos de pesquisa Nicholas Stenger e mais dois colegas do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, na Alemanha conseguiram produzir os metamateriais que precisavam para criar uma capa de invisibilidade.
Metamateriais são materiais compostos que não existem em estado natural. Normal. Nada de mais nisso. Seu próprio corpo deve ter qualquer coisa artificial, nem que seja nos dentes. Se seu corpo não tem o da gata ao lado tem, pelo menos alguns mililitros. Plásticos, revestimentos e a maioria dos materiais que você está usando agora são totalmente artificiais.
Este tipo de trabalho já está sendo desenvolvido em vários laboratórios há vários anos pelo mundo afora. No inicio de 2010, depois de cinco anos de pesquisa Nicholas Stenger e mais dois colegas do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, na Alemanha conseguiram produzir os metamateriais que precisavam para criar uma capa de invisibilidade.
Metamateriais são materiais compostos que não existem em estado natural. Normal. Nada de mais nisso. Seu próprio corpo deve ter qualquer coisa artificial, nem que seja nos dentes. Se seu corpo não tem o da gata ao lado tem, pelo menos alguns mililitros. Plásticos, revestimentos e a maioria dos materiais que você está usando agora são totalmente artificiais.
Look around. Tem muito pouca coisa ainda natural ao seu redor. O Chester que você acabou de comer na ceia de Natal não estava na Arca de Noé. Foi criado pela Perdigão.
Os metamateriais criados na Alemanha são capazes de modificar o deslocamento da luz visível de forma que qualquer objeto colocado por baixo deste fluxo de luz fica invisível.
A equipe do ITK desenvolveu a partir deles uma estrutura microscópica tridimensional, uma capa que torna invisível o que estiver dentro dela, inclusive a própria capa.
Pesquisadores do Imperial College de Londres foram ainda mais longe.
Em 16 de Novembro de 2010 Martin McCall publicou no Journal of Optics um trabalho desenvolvido para manipular a luz e ocultar uma ação completa. No tempo e no espaço.
Brrrr...
Eles já haviam demonstrado que metamateriais cuja superfície nanométrica interfere com a luz são capazes de desvia-la ao redor de um objeto, tornando-o invisível. Agora o esforço é para fazer a luz desaparecer em um vácuo espaço-temporal por meio destes metamateriais.
Algumas fibras ópticas de silício são capazes de produzir este efeito. São fibras parecidas com as que estão na sua casa ligadas a seu provedor de internet.
Manipula-se a variação do índice de refração e a velocidade da propagação da luz nas fibras. Normalmente, a luz perde velocidade quando penetra em um material. É possível então manipular os raios luminosos de forma que alguns acelerem enquanto outros são retardados.
Para qualquer pessoa que esteja observando, a luz acelerada chegaria antes do ato e a parte mais lenta chegaria depois da ação. Ao dividir e recompor a luz a ação fica literalmente invisível a qualquer observador. Há uma aplicação prática imediata para esse conhecimento. Além de servir para você sumir por aí esta manipulação com feixes de luz vai acelerar tremendamente a velocidade de processamento dos computadores.
Mas o trabalho revelado hoje pelo pessoal da Cornell é tremendamente perturbador.
Manipulando frequências da luz eles fizeram com que objetos sumissem no tempo e no espaço.
O buraco no tempo existiu por apenas 40 trilionésimos de segundo, mas abre grandes possibilidades práticas. O método permite manipular sinais ópticos em tempo real, criar buracos no tempo e rearranjar pacotes de dados sem interferir na informação que está sendo carregada por eles.
Na prática é fazer os computadores trabalharem com alta taxa de processamento em velocidades acima da luz.
A técnica é parecida com a onda de Alcubierre. Aquele modelo matemático para se viajar FTL, faster-than-light, acima da velocidade da luz, em Warp a velocidade de dobra da Star Trek.
Manipula-se a velocidade da parte da frente e a de trás de uma onda de luz. Acelerando a parte da frente e freiando a parte de trás, invertendo o modelo Alcubierre. Como na parte de trás não há luz visível qualquer evento que acontece no buraco criado entre a parte mais rápida e a mais lenta fica invisível. Juntando as duas técnicas você viaja acima da velocidade da luz, chega antes, e quando freia ninguém lhe vê. Excelente para quem chega sempre atrasado aos encontros e reuniões.
Mas há um pequeno detalhe.
Seu chefe ou sua namorada poderiam notar a existência do buraco e concluir que a luz havia sido manipulada. E aí quem iria mesmo para o buraco era seu emprego ou seu namoro.
Para resolver a situação a equipe desacelerou a luz que havia sido acelerada e vice-versa. Assim o próprio buraco fica indetectável e para quem o observa o feixe de luz permanece uniforme.
Yeess! You can.
O próximo passo da equipe é criar um sistema capaz de unir dois buracos, um no espaço e outro no tempo. Com isso o próprio evento deixa não apenas de ser visto. Além de ficar invisível ele também desaparece do tempo de quem o observa. Some mesmo.
Nossa realidade está ficando cada dia muito mais interessante do que qualquer ficção científica que você já viu. Aliás você está vendo alguma coisa?