Muita gente conhece o Campo Grande em Salvador. Mesmo quem não mora na cidade, conhece esta praça. Ou por ter visitado a cidade, ou passado um carnaval, visto na TV ou por alguma música. Mas pouca gente presta atenção nas ninfas do Campo Grande. São muitas. Belíssimas.
Elas estão espalhadas pela praça, sensuais e displicentes. São estátuas brancas de cerca de 1,5 m de inspiração greco-romana. Umas fôfas. Todas delicadamente insinuantes, seminuas ou usando um leve véu, todas com lindos seios à mostra. Umas carregam flores, outras as oferecem, umas carregam cântaros, outras cachos de uva. Algumas mais atrevidas carregam pequenas piras de fogo.
Quem usa o Campo Grande para malhar pode apreciá-las e contá-las. Serão 32, 35 ou 37?
Ao longo dos 636 metros do anel interno, ou cerca dos 700 do anel externo, elas estão lá lindas, bacantes, provocantes, numa prévia inspiradora do que acontece lá ao vivo entre Fevereiro e Março.
Se você contá-las pode ser que chegue a números diversos provavelmente por que esqueceu cinco delas que estão juntas numa posição mais discreta da praça, meio que escondidas num arvoredo. Procure que você vai achá-las, não seja tímido.
Outra surpresa.
Não são todas figuras femininas, há dois rapazes. Serão sátiros?
Como a praça fica fechada à noite o que será que acontece depois que os portões se fecham? Uma festa de Baco? Serão dois felizardos desfrutando sozinhos de tão bela e numerosa companhia? Parece que não.
Pelo jeitinho deles, são delicados ninfos. Pobres ninfas.
Pelo jeitinho deles, são delicados ninfos. Pobres ninfas.