Dilma não quer mais o que herdou de Lula, ela quer o dela, maior, bem maior. Ela está sonhando em comprar um Boeing 747 igual ao Air Force One do Obama.
Há poucos símbolos fálicos mais poderosos que um avião a jato. Por que ficar com um simples Airbus A-319 quando se pode ter um Jumbo 747?
Inclusive por que uma das justas alegações da Dilma é que o A-319 tem pouca autonomia, precisa fazer escalas para ser reabastecido em viagens longas. Isto é, falta-lhe potência para longas jornadas noite à dentro.
A presidente também reclama que o Aerolula é muito suscetível a turbulências, que ela prefere algo mais estável. Certíssima, toda mulher precisa de uma relação estável.
Dilma tecnicamente é um ser castrati, portanto nada mais justo que sonhe em ter seu próprio Jumbo.
Calma amigas! Nada de partir pra cima de mim com a fúria de uma Lorena Bobbit. O conceito é lacaniano, pergunte pro seu psicanalista.
Para Lacan a Mulher não existe, já que ela não tem acesso à ordem simbólica. Existem mulheres, mas não a Mulher. Ela é caracterizada pelo que lhe falta - oh adorable absence - não pelo que tem e aí está a origem de seu complexo de castração, da inveja do pênis e do complexo de Electra, a variante feminina do de Édipo. Como Dilma é castrati, mas não é cega, está de olho numa coisa maior, mais poderosa.
Não vale a pena ficar discutindo a relação de Dilma com o Aerolula.
Vamos torcer para que ela consiga comprar um Boeing pra chamar de seu mesmo que isso, sorry Édipo, nos custe os olhos da cara. Para ser exato mais de um quarto de bilhão de dólares. É quase uma dívida grega.