Na próxima reunião do G20 nesta primeira semana de Novembro de 2011 os países europeus vão insistir na ajuda financeira que os emergentes, principalmente Brasil, Rússia e China, deveriam dar à zona do Euro através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira com o argumento adicional de se evitar uma contaminação econômica global que não seria boa para ninguém.
Isso soa quase como chantagem. Invistam para não quebrarmos e levarmos o mundo junto.
A solução não será nunca por aí.
Primeiro não se empresta mais recursos a quem não está conseguindo pagar sequer o que está devendo. Segundo, emprestar é aumentar a dívida dos insolventes. O que é literalmente uma loucura.
No mercado financeiro mundial não existe falta de dinheiro para emprestar, o que falta é confiança para se colocar ainda mais dinheiro em economias desastradas.
Adicionalmente fazer empréstimos a estes países-problema é ao fim e ao cabo entregar-lhes recursos para saldar dívidas com bancos privados, na maioria franceses e alemães.
Bancos que estimulados por seus próprios governos emprestaram com análises de riscos irresponsáveis e taxas de juros gananciosas.
Investir no FEEF mais que ajudar os PIGS é ajudar a dividir o prejuízo com a França e a Alemanha.
Investir no FEEF mais que ajudar os PIGS é ajudar a dividir o prejuízo com a França e a Alemanha.
Em Portugal o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho anuncia medidas de rigor, aumento de impostos e cortes de benefícios sociais ao mesmo tempo que disponibiliza mais dinheiro para os bancos em crise.
Indecente.
O problema da crise do Euro e dos países europeus periféricos não se resolve com mais empréstimos.
Tomar mais recursos emprestados é importar capital.
Investir no Fundo Europeu de Estabilização Financeira é entregar preciosos recursos para governos irresponsáveis e bancos gananciosos.
O problema da crise do Euro e dos países europeus periféricos não se resolve com mais empréstimos.
Tomar mais recursos emprestados é importar capital.
Importar capital significa exportar demanda.
É ter mais recursos em caixa para financiar importações e conseqüentemente desestimular o crescimento interno.
Mais empréstimos significa ainda mais desemprego e menos crescimento econômico. É explosivo e só vai aumentar a crise.
Para o Brasil e emergentes é politicamente tentadora esta aparente inversão de papéis com os países ricos europeus.
Que não é sequer novidade.
Foi das colônias americanas que saiu o capital que financiou a riqueza européia e sua revolução industrial.
Não custa lembrar que uma das maiores inflações já registradas foi quando a quantidade imensa de ouro brasileiro que aportou em Portugal dobrou em duas décadas o meio circulante existente triplicando os preços. Criou-se então uma das mais graves inflações de oferta de moeda já conhecidas.
Pouco mais que vaidade será motivo para se investir no FEEF.
Ao contrário investir agora diretamente em empresas européias é uma excelente oportunidade. Esta é a grande oportunidade que não se pode perder.
Investir no Fundo Europeu de Estabilização Financeira é entregar preciosos recursos para governos irresponsáveis e bancos gananciosos.
A Europa precisa de desenvolvimento, não de mais empréstimos.