Alerta Vermelho - O ataque final ao Euro

Começou o ataque final ao Euro.

O mercado esta dizendo claramente que se o BCE - banco central europeu - não se tornar credor universal e de última instância da dívida dos países europeus em dificuldades os juros sobre os títulos das economias européias mais saudáveis irão disparar, contaminando toda a Europa rapidamente.
E isso horas antes da França e da Espanha realizarem emissões de 8,2 e 4 bilhões de euros.

Na quarta-feira 16 de novembro o mercado passou de 2,5% para 3,7% os juros sobre os títulos de longo prazo franceses. A taxa sobre os da Itália já passa de 7%.
Títulos da Áustria, Holanda e Finlândia dispararam.
Para os países em dificuldades as taxas serão ainda maiores tornando praticamente impossível reestruturar suas economias.

As agencias de risco e os grandes investidores do mercado financeiro estão cobrando do BCE uma atuação semelhante ao que o FED - banco central americano - fez recentemente assumindo a última instância da dívida.
Acontece que pelos acordos europeus o BCE não foi criado para isso, ele é o guardião da moeda, do controle da inflação. Ele não tem controle monetário sobre os países membros e muito menos não é o avalista de títulos que não emitiu, mesmo que tenham sido em euros.
O BCE tem um limite legal para compra de títulos.

Tipicamente, tanto a Inglaterra quanto os EUA, sede dos maiores investidores e especuladores financeiros, estão defendendo os interesses do mercado.
Tio Sam e a velha Albion estão exigindo que o BCE atue de maneira a proteger os investidores comprando os títulos que estão apodrecendo nas mãos dos especuladores financeiros. Querem seus altos juros de volta.
Querem que todos os europeus paguem pelo risco que os especuladores assumiram.
Wall Street e a City estão de braços dados num abraço mortal à Velha Senhora. O próprio secretário do Tesouro Americano, Timothy Geithner disse que o BCE não está fazendo o suficiente.O Tesouro Inglês já tem um plano de contingência para a falência do Euro.

Estes são os sinais mais claros e óbvios de que o Euro não está apenas sob o ataque do mercado financeiro. O FED e o Bank of England – banco central inglês – também estão pressionando.
O Dólar e a Libra iniciaram seu ataque final ao Euro depois que a China se recusou a socorre-lo.

A China com reservas monetárias colossais assiste com típica sabedoria confunciana ao cenário mais do que favorável à consolidação internacional de seu Yuan, a “moeda do povo”. Mao-Tsé-Tung deve estar sorrindo na sepultura assistindo seus antigos rivais políticos se digladiando e provando do próprio veneno.

Os membros da União Européia mais ingênuos, ou mais frágeis, caíram no conto do crédito fácil e agora chegou a fatura para toda a UE pagar.
Faltando menos de dois meses para completar dez anos o Euro está sob o ataque do mercado e de seus dois maiores rivais.

Se a Velha Senhora não agir rápida e consistentemente parte do sonho europeu, ou todo ele, estará com seus dias contados.
E o mundo inteiro pagará por isso.