Filhos

Tenho tantos e muitos amores. Não os que escolhi, ou os que me escolheram, mas os que nasceram de meus amores, feitos de meu sangue, de meus sonhos, de meus mais profundos carinhos. São seis.

Todos diferentes, todos muito diferentes. Todos partes de mim, que começaram a ser feitos, amados e nascidos em tempos diferentes. Todos chegaram abrindo as portas de meu coração, me surpreenderam, lá cresceram, encontraram seus lugares e ficaram. 


Todos me enriqueceram, me marcaram, me despertaram diferentes formas de amar, de querer. Deixaram seus choros infantis, seus primeiros passos, suas primeiras palavras, suas perguntas, seus abraços e sorrisos gravados em meu coração. 

Mas aqui e agora não tenho nenhum deles ao meu lado. Só a carência, a saudade, a lembrança. 
Como seria bom abraça-los. São minhas paixões.