Tudo que é sólido se desmancha no ar. Karl Marx, 1848.
O mundo árabe começou a implodir e tanto pode estar entrando em colapso como se reinventando.
A Revolta Árabe é muito mais direcionada para dentro, para uma ordem falida, do que para fora. Para Israel, Estados Unidos ou o Ocidente.
O Ocidente é cúmplice e beneficiário do modelo de autocracia árabe.
Os herdeiros do espólio do colonialismo criaram, apoiaram e mantiveram líderes árabes, do norte da África ao Golfo, em países ricos e pobres.
O Xá Rheza Pahlevi que caiu no Irã foi um, outro foi Saddam Husseim que deu errado e se voltou contra o criador.
Esta política neocolonialista, míope e de curto prazo tem mantido e patrocinado autocracias delirantes e corruptas com pouca ou nenhuma legitimidade.
Por décadas o Ocidente apoiou a estabilidade das ditaduras em prejuízo da democracia.
Agora é hora de pagar o o preço.
O mundo e os líderes ocidentais estão impotentes na posição de meros espectadores enquanto a revolta popular toma velocidade rumo a um final imprevisível.
Bismarck dizia que os Balcãs não valiam um braço de um soldado prussiano. Décadas depois a irresponsabilidade com a península cobrou muito mais que isso.
O Irã espera que as massas árabes sigam o exemplo da revolução islâmica, mas aparentemente os jovens manifestantes teriam como modelo a democracia da Turquia.
O problema aqui é que na ausência de uma oposição organizada e consistente a Irmandade Islâmica e a Al Qaeda é que estão exercendo a liderança real nas ruas.
Elas são as maiores beneficiárias políticas da revolta.
São elas as únicas forças políticas capazes de preencher o vácuo político que está se abrindo.
A velha ordem árabe faliu e está caindo como o Muro de Berlim e a União Soviética caíram há vinte anos atrás. Mas nem a Tunísia é a Tchecoslováquia nem o Egito é a Polônia.
Vinte e dois países, trezentos e sessenta milhões de pessoas. A batalha pelo futuro do mundo árabe está apenas começando.
E será muito sangrenta.
E respingará seriamente no Ocidente.
O mundo árabe começou a implodir e tanto pode estar entrando em colapso como se reinventando.
A Revolta Árabe é muito mais direcionada para dentro, para uma ordem falida, do que para fora. Para Israel, Estados Unidos ou o Ocidente.
O Ocidente é cúmplice e beneficiário do modelo de autocracia árabe.
Os herdeiros do espólio do colonialismo criaram, apoiaram e mantiveram líderes árabes, do norte da África ao Golfo, em países ricos e pobres.
O Xá Rheza Pahlevi que caiu no Irã foi um, outro foi Saddam Husseim que deu errado e se voltou contra o criador.
Esta política neocolonialista, míope e de curto prazo tem mantido e patrocinado autocracias delirantes e corruptas com pouca ou nenhuma legitimidade.
Por décadas o Ocidente apoiou a estabilidade das ditaduras em prejuízo da democracia.
Agora é hora de pagar o o preço.
O mundo e os líderes ocidentais estão impotentes na posição de meros espectadores enquanto a revolta popular toma velocidade rumo a um final imprevisível.
Bismarck dizia que os Balcãs não valiam um braço de um soldado prussiano. Décadas depois a irresponsabilidade com a península cobrou muito mais que isso.
O Irã espera que as massas árabes sigam o exemplo da revolução islâmica, mas aparentemente os jovens manifestantes teriam como modelo a democracia da Turquia.
O problema aqui é que na ausência de uma oposição organizada e consistente a Irmandade Islâmica e a Al Qaeda é que estão exercendo a liderança real nas ruas.
Elas são as maiores beneficiárias políticas da revolta.
São elas as únicas forças políticas capazes de preencher o vácuo político que está se abrindo.
A velha ordem árabe faliu e está caindo como o Muro de Berlim e a União Soviética caíram há vinte anos atrás. Mas nem a Tunísia é a Tchecoslováquia nem o Egito é a Polônia.
Vinte e dois países, trezentos e sessenta milhões de pessoas. A batalha pelo futuro do mundo árabe está apenas começando.
E será muito sangrenta.
E respingará seriamente no Ocidente.