A Alemanha e a União Européia

Há europeus que dizem que a Alemanha conseguiu com o talão de cheques o que Hitler não conseguiu com os canhões.

Trata-se de um exagero tipicamente francês. 
Ok que a Alemanha é a locomotiva econômica do bloco europeu, que é de seus cofres que saem a maioria dos recursos para financiar os programas comunitários. Até aí é mesmo verdade, e isso dá um poder de fogo muito grande, afinal Berlin tem a chave do cofre.

Também não deixa de ser verdade que quando a Alemanha espirra a Europa vai para a UTI, como aconteceu quando os altos gastos com a Reunificação levaram a Alemanha à recessão levando junto o restante da UE.

Também é preciso admitir que o Euro nada mais é que o Marco Alemão extendido ao continente. Calcado, controlado e definido pelo Deutsch Bundesbank, o Banco Central Alemão. Não foi à tôa que a Velha Albion tenha preferido continuar com a Libra.

Também é verdade que o Banco Central Europeu, guardião do Euro, fica em Frankfurt. Logo alí a meros 2.800 metros do Banco Central Alemão. Mas é só para facilitar o estacionamento e o transito.
Mas há uns exagerados que vêm até no Hino da Europa mais uma influencia alemã. Uma calúnia.

O hino europeu foi extraído de um trecho da Nona de Ludwig van Beethoven.
É o trecho onde ele musicalizou o poema An die Freude de Friedrich Schiller.
Depois pediu-se a Herbert von Karajan que compusesse arranjos para piano, instrumentos de sopro e orquestra.
Mas foi só para facilitar. Racional e prático.


PS.: Não confundir An die Freude com Kraft durch Freude que já uma outra coisa, não é Addie?