Que tudo em São Paulo é grande e às vezes exagerado já se sabe. Maior cidade japonesa depois de Tókio, mais descendentes de italianos do que Roma, maior cidade industrial alemã, maior cidade nordestina do Brasil, maior frota mundial de helicópteros, maior frota de jatos executivos e por aí vai.
Sampa também é a cidade com maior incidência de raios do planeta.
Sampa também é a cidade com maior incidência de raios do planeta.
Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2013. Assisti a um impressionante espetáculo de efeitos especiais.
Relâmpagos belíssimos, trovões impressionantes, raios e mais raios cruzando o céu de fim de tarde. Um espetáculo de rara beleza noite a dentro. Relâmpagos e trovões explodiam tão baixo, tão perto, que luz e som aconteciam ao mesmo tempo. Normalmente trovões explodem um de cada vez ou se sucedem aos poucos. No período mais intenso do espetáculo os trovões explodiam em ritmo de metralhadora, vários por segundo. Seguiam-se fachos imensos de luzes magníficas.
Enquanto durou postei no Facebook, comentei no Skype. Amigos de Salvador e Barcelona levaram na brincadeira. Raios incessantes riscando o céu, muitos ao mesmo tempo em todas as direções. Pequenos, grandes, cruzando o céu na vertical, na horizontal, de uma nuvem para outra. Trovões explodindo, ecoando em milhares de prédios. Relâmpagos acendendo a cidade com uma luz azulada. Luzes elétricas das casas piscando. Seguiu-se uma chuva fortíssima de gotas imensas, o vento forte formando um spray cinzento de água em varias direções, o granizo forrando tudo de branco.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou o recorde: 2.264 raios. Um pouco mais do que isso de relâmpagos e trovões. Sessenta e cinco por cento ocorreram no período mais intenso de três horas, raios, trovões e relâmpagos se sucederam a uma média de um a cada dois segundos, durante horas. Um espetáculo de beleza apocalíptica. Inesquecível.
Na platéia extasiada uma pessoa, eletrizada de emoção, subiu aos céus.