Na Primeira e na Segunda guerras mundiais, a segunda sendo a continuidade da primeira, tivemos uma rearrumação de fronteiras em conseqüência da queda de alguns impérios europeus mas principalmente da expansão dos capitalismos nacionais na procura por novos mercados e mais fornecimento de matérias primas.
Até aí tudo bem.
Hoje vivemos, apesar da maioria de fronteiras geográficas estáveis, uma nova reorganização das forças econômicas e dos mercados com o surgimento de um novo equilíbrio econômico entre as potencias estabelecidas e as emergentes, como o caso dos BRICs.
Fico pensando nas condições e relações econômicas prevalecentes neste começo do século XXI.
1 Ao invés de uma guerra no velho estilo militar poderemos viver os mesmos enfrentamentos mas desta vêz numa guerra cambial?
2 A guerra cambial que parece se avizinhar seria a arma principal na disputa pelos mercados?
3 Estamos efetivamente no limiar das conseqüências e das contradições do capitalismo financeiro como estágio seguinte ao capitalismo industrial?
Vide as recentes crises que quase desorganizaram a ordem econômico-financeira mundial.
4 E finalmente a maior das certezas econômicas: taxas de crescimento econômico desiguais entre países levam a variações nos equilíbrios político e militar.
E inevitavelmente ao aparecimento de novas potências e ao declínio de outras.
Tenho em conseqüência mais uma dúvida que me instiga. Aparentemente a Europa está vivendo uma situação muito parecida com a que gerou as grandes guerras do século XX. Crise econômica, desemprego, separatismos, um "império" recém-dissolvido, xenofobia, novos países, moeda vacilante, terrorismo e confusão política.
A Europa estaria pronta para cair novamente nos braços da extrema direita ou de um fundamentalismo equivalente?