Berlim?

Berlim nos primeiros meses do final da Segunda Guerra era uma cidade devastada, em escombros, sem hospitais, água e comida. Metade da população tinha desaparecido e milhares de refugiados alemães chegavam diariamente expulsos das terras perdidas, aumentando o caos na cidade.

Estupros, fome, saques e assassinatos eram o cotidiano, dezenas de pessoas morriam de inanição diariamente. Neste inferno apocalíptico o cigarro era a moeda extra-oficial e tudo se trocava por cigarro.
A figura do Kippensammler, o catador de guimbas, era comum e cem delas valiam até cinco dólares.
Fazia-se sexo com uma alemã em troca de cinco cigarros.

Considerando que uma carteira de vinte cigarros custa em média cerca de 4 reais deduz-se que sexo no inferno berlinense custava 1 real.
Exatamente o mesmo preço que uma menina de 8 a 14 anos cobra para fazer sexo com caminhoneiros nos postos de abastecimento de beira de estrada no Nordeste.

Afinal que país é este Ó Senhor Deus do Desgraçados, perguntaria Castro Alves de novo.